A maneira mais simples de efetuar programação TRIDIMENSIONAL

A função Perfil-Seção permite programar figuras tridimensionais complexas sem a necessidade de CAD-CAM externo

Secção e planta de perfil
Secção e planta de perfil

A Fagor Automation, dando continuidade ás suas linhas estratégicas, está a fortalecer a sua posição no mercado de fresagem. Assim, implantou na Itália um Centro de Desenvolvimento (I&D) próprio, especializado neste setor. Por ser a Itália o principal país produtor e consumidor deste tipo de máquina, este Centro permite à Fagor Automation estar muito mais próxima dos utilizadores para poder identificar suas necessidades e efetuar desenvolvimentos sob medida.

A última funcionalidade desenvolvida pela equipa de I&D consiste numa simples programação tridimensional de superfície, definida por um perfil plano e um ou vários perfis de secção. Esta importante funcionalidade, denominada “Perfil-Secção”, permite programar superfícies sólidas ou tridimensionais, sem a ajuda de aplicações CAD-CAM externas, utilizando a função G8736, em linguagem ProGTL3 ou ISO, para definir os perfis do plano e da secção, bem como as condições de maquinação.

Uma aplicação típica desta funcionalidade é a maquinação de moldes e matrizes simples, com paredes cónicas distintas, secções esféricas ou semiesféricas, com passagens em planta ou em secção, assim como a maquinação de perfis abertos nos quais se deseja aplicar a secção (tubos, filetes e chanfros nos cantos tridimensionais, etc.).

Esta funcionalidade permite maquinar furos, caixas, ranhuras e protuberâncias em secções cónicas ou de outro tipo, sem a necessidade de cálculos trigonométricos complexos.

Superfície com G8736
Superfície com G8736

O resultado, foi o minimizar do tempo de programação destas peças sem a necessidade de ter que recorrer sempre a sistemas CAD-CAM externos, com a possibilidade de modificar as condições de maquinação ao pé da máquina, como a profundidade da passagens, tolerâncias, estratégia de maquinação, etc.

Modificar as condições de maquinação ao pé da máquina permite obter um acabamento excelente: ao reduzir a profundidade da passagem, elimina-se a necessidade do acabamento manual; a opção da estratégia de maquinação por parte do operador permite reduzir a carga da ferramenta, aumentar a sua vida útil e evitar quebras e danos à peça. Todas estas ocorrências são, frequentemente, geradas pelas condições de maquinação estabelecidas nos programas criados externamente por sistemas CAM, que nem sempre são otimizados para a máquina e a experiência do operador.

Além disso, a possibilidade de maquinação em espiral, ou a penetração em rampa de qualquer perfil programado, elimina os tempos de furação e permite obter um acabamento superficial ótimo, com uma maquinação contínua sem sair da peça e com considerável redução de tempos.

Inclusive a ferramenta, que vai sempre trabalhar de acordo com o especificado e com uma eliminação constante de material, terá um desgaste menor e uma passagem de acabamento e saída de apara melhores, aumentando de forma considerável a sua vida útil. Na maquinação de superfícies definidas por um perfil plano e uma ou mais secções de perfil é muito importante utilizar a estratégia de maquinação mais adequada.

A passagem pode ser unidirecional ou bidirecional e no caso de perfis abertos, podem ser passagens paralelas no plano ou seguindo o perfil. Em cada ocasião convém selecionar o mais apropriado, o menos prejudicial para a ferramenta ou o que permite obter maquinações mais curtas.

Tabela de ícones de ferramenta
Tabela de ícones de ferramenta

A Fagor Automation gere o processo de maquinação em todas as suas fases: desbaste, semiacabamento e acabamento. Frequentemente, em todas estas fases são utilizados métodos de maquinação de alta velocidade com a programação #HSC ON.

Para obter a máxima precisão e produtividade, recomenda-se realizar o desbaste e o acabamento com ferramentas de corte específicas para cada operação. A tabela de ferramentas do CNC Fagor dispõe de um suporte gráfico simples e intuitivo para definir os parâmetros geométricos e o tempo de vida útil das ferramentas. A escolha do tamanho e forma da ferramenta será sempre tarefa específica do operador, em função das dimensões da peça e das operações que devem ser realizadas, assim como o valor de sobrepassagem de acabamento e o valor da profundidade de corte em operações de desbaste, semiacabamento e acabamento.